quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Relatividade.

Não sei quando foi
que o tempo começou a passar diferente,
mas sei que de repente
as horas não eram mais as mesmas.
E mesmo que eu ocupe a cabeça,
peça aos céus que algo aconteça,
a hora está mais devagar.
Divago sobre o motivo,
sobrevivo cada minuto,
mas a hora seguinte demora a chegar.
No meu peito, mora a angústica,
a perspectiva vive perdida,
porque a dor mais doída
é a espera de algo que não vai voltar.
Preencho as lacunas com linhas e colunas,
tentando ocupar o tempo que sobra.
Mas as sobras, migalhas de um outro momento,
ganham a atenção
como um ponto preto em uma superfícia branca.
A gota de sangue estancada segura a sangria a cada dia.
E quando os olhos fecham finalmente
em pesadelos consecutivos,
É breve o descanso pela frente
É longo o tempo de mais um dia.

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