quinta-feira, 25 de novembro de 2010

enCanto.

Ela cantava e encantava. Literalmente. As pessoas se hipnotizavam pela sua voz a ponto de entrarem em transe. Não estou falando metaforicamente, a voz dela tinha algum poder sobrenatural de hipnotizar as pessoas. Como era uma menina muito tímida, só na adolescência que descobriram esse poder, todos sempre a julgaram como superprotegida e mimada que conseguia tudo o que queria, mas ninguém realmente entendia que era a voz encantada dela que manipulava as pessoas, conseguindo assim tudo que ela quisesse. Mas ela não era uma pessoa ruim, ela só queria ter uma vida normal e por isso nunca tinha usado seus poderes para ganhar dinheiro ou passar alguém para trás. Com seu amadurecimento, ela foi ganhando consciência sobre seu poder o que, apesar de não controlar, pelo menos ela sabia quando falar e quando não falar. Até que chegou aquela época onde você precisa ter alguém do seu lado. Ela não aguentava mais homens que faziam tudo pra ficar com ela, realizando todos seus desejos e vontades, já que nunca teria certeza se toda aquela dedicação era por amor ou efeito do encanto produzido por sua voz. Até que ele veio puxar conversa. Ela desconfiada, respondeu. Ele explicou que tinha ficado surdo em um acidente anos atrás. Ela não acreditou. Ele falou sobre como ele tinha aprendido a ler lábios. Ela pediu que ele fosse embora. Ele não foi. Ela se apaixonou.

5 comentários:

  1. Ótimo como sempre, Gui! Adoro a melancolia contida nas suas crônicas. Eu poderia me enxergar nesse texto, mas não acho que minha voz seja tão "super-poderosa" assim. =)

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  2. http://zeabrao.blogspot.com/2010/12/selo-stylish-blogger-award.html

    pra você tio Toscano, de um grande fã xD

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  3. Cheguei de para-quedas no seu blog, e adorei ele. já recomendei para amigos, e ele está na minha lista de blogs que visito todo dia. Adoro seus contos, e os pensamentos avulsos. Mas, não sou muito fã do seu estilo de poemas e poesias. Parabéns pelo blog

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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