terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sem Braços

andei pensando em não dizer
sobre coisas, coisas que queria entender
comecei então a virar, a virar a copos
não consigo mais parar

peguei meu carro, saí por aí
mas não tenho carro, então desisti
saí andando e encontrei um broto
acordei suado, meu deus que desgosto!

entre um gole e outro eu tento
dizer coisas que já não me lembro
minhas idéias não fazem sentido
não há braços para um ombro amigo!

Um novo ângulo no balcão do bar
Um garçom tenta me levantar
Peço para que me deixe deitado
Me reconforta o balcão molhado

Mais um conhaque pra seguir a vida
Não há mais nada, só desgosto e bebida
Se minhas mãos não podem te segurar
Não me julgue por não sair do bar




feita a quatro mãos, com o amigo André.