segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

2009

não sei porque eu estou com um certeza bem forte de que 2009 será um ano foda. eu já estou com essa impressão há algum tempo, pois tive algumas ótimas notícias durante o ano que me levou a isso. shows fodas, minhas bandas preferidas voltando a ativa, o início do curso de publicidade, carteira de motorista, vários projetos musicais (um dia algum vai pra frente). não sei, mas estou com a impressão de que 2009 vai ser conhecido na minha vida como "o ano que deu certo". eu acredito tanto nisso que ao desejar um feliz ano novo pras pessoas, elas ficam mais alegres frente a minha certeza de que esse ano será um ano legal. tive uma prévia com meus futuros colegas de curso pouco antes de vir pra BH e tudo indica que será uma ótima turma. espero mudar de apartamento e quem sabe conseguir uma boquinha naquele esquema do diário da manhã que me ofereceram, se ainda estiver de pé. quero comprar uma tablet (mas fico feliz em usar a que o corvo comprou também), pra começar a fazer artes, tirinhas, animações, que é uma coisa que eu tenho vontade de fazer desde muleque quando eu lia os comborangers. quero fazer um curso de corel draw e de photoshop. não necessariamente agora, mas pode ser em outro ano. ah, e como pude me esquecer? tenho que fazer fisioterapias no joelho, depois entrar na academia para, no máximo até o segundo semestre, eu voltar a jogar basquete. e quero aumentar minha coleção de filmes e de livros (me dêem de presente, eu realmente não me importo de ganhar essas coisas). quero produzir arte de todas as formas: músicas, poesias, desenhos, fotos, filmes, festas. e quero me divertir com meus amigos e quero fazer novos amigos e refazer amizades antigas e quem sabe fazer novos inimigos. confesso que eu até gosto disso. emagrecer um pouco, seria legal também. e aprender a fazer mais coisas na cozinha, e fazer essas coisas! e comer, e engordar e emagrecer de novo. e tudo isso (ou quase tudo isso) em 2009. é, 2009 vai ser um ano foda.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Relatório de Férias. (Parte 1)

Cheguei em BH domingo passado e comi pra caralho. Língua de boi (sim, eu como isso), purê de batata e macarrão. sei que comi lasanha de frango e de bolonhesa. comi peito de peru e peru inteiro. brigadeiro, doce de nozes e palha italiana. domingo agora tem feijoada. fora os patês e pães de queijo. hoje teve picanha, macarrão e tutu de feijão e ainda tem o aniversario do meu primo. Vi os episódios I, II e III de star wars, vi Clone Wars, Onde os Fracos Não Tem Vez e Match Point. Reli Guia do Mochileiro das Galaxias, estou relendo O restaurante no fim do universo, e estou com os outros três aqui ("a vida, o universo e tudo mais", "adeus e obrigado por todos os peixes" e "praticamente inofensiva" ) para ler ainda. Sem contar o "Tales From Beedle the Bard", O nome da rosa e todas as revistas do Watchmen. Comprei um fone de ouvido, dois piercings, ganhei varias camisetas de natal e o dvd de Superman Returns. Acho que esse foi minha primeira semana de férias. Câmbio, desligo.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Férias.

férias, e a tradicional ida pra belo horizonte se dará hoje. sabe o que isso significa? uma chance menor de aparecer um texto por aqui e uma demora maior para a resposta de scraps e essas coisas, além de, obviamente, eu não estar aqui para sair com vocês. no mais, um feliz natal e um ótimo ano novo.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Restam Dois Pratos e Zero Comidas.

horas se passaram para que eu tomasse coragem de fazer o que deveria ser feito. horas que talvez podem ter durado dias. mas estava decidido, eu ia jantar. um longo ritual de preparação do alimento foi feito. após pronto ainda o observei como um artista a encarar sua obra. peguei um recipiente, um dos últimos diga-se de passagem, e lentamente organizei nele o fruto do meu labor. peguei o sangue de cristo em sua versão tropical, feito das melhores frutas cítricas que podem ser encontradas por todo o reino, e caminhei para meu recinto. meu trono. a região onde só o verdadeiro herdeiro pode entrar. infelizmente, o destino não era tão paciente. colocou em meu caminho uma muralha intransponível que, pegando-me de surpresa, jogou meu manjar aos ares. enquanto via meu joio e meu trigo dando suas voltas no ar, pensava em quão injusto a vida pode ser. quebra-se em mil pedaços cortando-me os pés e espalhando meu alimento pelo chão. nada mais poderia ser feito para consertar tal infortúnio. enquanto encarava meus criados dando seus sangues para não deixar vestígios, a marca maior ficava mais funda em meu peito. o sentimento de impotência queimava-me como nuvens oriundos do próprio sol. não havia mais sangue ou corpo de cristo, nem cálice sagrado. todos foram destruídos diante dos meus olhos. enjaulei-me em meu quarto para tentar me recompor. dias, talvez meses se passaram, até que tomasse coragem, voltasse a cozinha, pegasse o último prato que sobrou aqui em casa, a raspa do arroz e um ovo e fosse comer.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Pensamentos Avulsos.

Pensamento Avulso nº10: odeio quando ligam na sua casa, aí descobrem que é engano e desligam na sua cara. quem errou foi a pessoa que ligou, não foi você. o mínimo que ela tem que ser é educada, pedir desculpas e se despedir. eu já odeio ter que atender telefone, agora atender uma pessoa que errou o número, não quer falar com ninguém que esteja na sua casa, que não entende que não existe nenhuma Dona Marisbina na sua casa, que pergunta que horas ela volta, pede pra deixar recado, deixa recado e desliga na minha cara sem se despedir, é o cúmulo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Boa noite

dorme, meu filho, que o pai tá cansado
não dá pra passar a noite toda ao seu lado
contando histórias sobre montros e fadas
ou cantar pra você uma letra errada

seu pai já tá velho, seus sonhos esquece
mas quer o descanso que tanto merece
e que eu acordo bem antes de cedo
pra dar sua comida e manter meu emprego

sei que as vezes minha presença te falta
e que preferia que eu fosse astronauta
pois se não me tem pelo menos me inventa
me mostra um herói quando me apresenta

mas saiba, meu filho, que eu salvo o dia
com o que eu ganho e sustentando a família
se me falta a capa, me sobra em sofrer
de tirar da minha boca pra dar pra você

mas dorme, meu filho, que amanhã é você
que tentará, mas não vai adormecer
dorme e sonhe, meu filho, e libera o pai
que quero dormir antes que a vida se vai

Inspira, café!

As idéias não saem e meu café esfria
Encaro o papel e não vejo a poesia
Não consigo achar inspirações ou motivos
E sem o lirismo, pra que serve estar vivo?

Encho mais uma xícara na esperança
De achar algo, mas a espera me cansa
As rimas existem mas não se encaixam
Como soldados que andam mas não marcham

E como os mesmo soldados, cansados da batalha
eu me entrego, assumindo minha falha
Na tentativa de me expressar em rima

Ainda assim, sei que não perdi a guerra.
Qualquer dia a inspiração me erra
Faço um poema e dou a volta por cima.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Classificados

Necessita-se de empregada
Cinco vezes na semana
Que cozinhe, lave e passe
E seja boa de cama.

Atrasado e inacabado. Parte 1.

corre, que você tá atrasado
cueca tá do lado errado
não dá tempo pro café
a manhã já tá de pé

e o trânsito tá parado
e esse motoboy folgado
chutou seu retrovisor
pra passar no corredor

chame logo o elevador
seu patrão de mau humor:
"segunda vez essa semana",
vão tirar da sua grana.






ps. "Parte 1" porque eu queria postar ele mas não consegui terminá-lo. algum dia eu o termino.
ps2. Esse poema já havia sido excluido para todo o sempre e foi salvo pelo Juba, senhor Scaramal. Salvo do Eterno Purgatório dos Poemas Considerados Ruins Por Seus Autores.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Vestibular,

eu sei que não é a hora ainda, que eu deveria esperar até fevereiro, mas eu já queria escrever sobre isso há mais tempo e vou aproveitar que hoje sairá a qualquer momento o resultado da primeira fase da federal de goiás (que prestei pra publicidade e propaganda) e falarei sobre isso agora: o dia que saiu o resultado da federal ano passado não foi o dia mais feliz da minha vida. entendo que pra muita gente foi, muita gente queria mais que tudo passar e quando viu seu resultado na lista de aprovados entrou num estágio superior a felicidade. não entremos no mérito de que não era realmente o curso que eu queria, isso não vem ao caso. prestei pra matemática ano passado e tinha ido muito bem na primeira fase e tinha plena consciência de que tinha ido muito bem na segunda, então a vaga era praticamente garantida. sem contar que o resultado da federal de minas gerais já tinha sido divulgado e eu já tinha sido aprovado. o problema é que eu sou muito confiante (ou pelo menos demonstro ser muito confiante para as pessoas), então a pressão sobre mim sempre foi muito grande. o clima de "já passou" tem um peso imenso e não é nada fácil carregar. o que mais me incomodou aquele dia era um sentimento ínfimo que estava dentro de mim, um sentimento de "e se...". e se eu não passasse? se por algum motivo, erro de correção, alguma coisa na redação, qualquer coisa, eu não passasse? e se meu nome não estivesse na lista dos aprovados por algum erro de digitação ou algo assim? esse sentimento que me angustiava. e provavelmente me angustiava mais do que todos que estavam comigo lá na casa do meu amigo esperando o resultado. apesar da aparente tranquilidade e confiança que eu demonstro sempre, eu era o único lá (e provavelmente um dos poucos em todo o vestibular) que não trabalhava com a possibilidade de não passar. eu não saberia o que fazer se não passasse na universidade federal de goiás. não saberia como agir, o que dizer, como ligar pra minha mãe e meus parentes em belo horizonte pra informar eles. nem como olhar pra minha namorada e meus amigos que tanto confiavam em mim. eu era o único que "já tinha passado". mas eu não tinha passado ainda. não, meu nome não estava na lista dos aprovados. sei que a concorrência foi ridícula, o ponto de corte da primeira fase foi ridículo, e todos os outros fatores ridículos que davam minha vaga como garantida, mas pra mim enquanto eu não lesse meu nome na lista de aprovados, não tem nada certo. e ainda assim eu não planejei nada pra o que fazer se ele não estivesse lá. eu não trabalhava com a possibilidade de não passar. quando finalmente consegui ver meu nome na lista dos aprovados, o que eu senti não era felicidade. já fui e sou feliz em vários momentos da minha vida e, com certeza, o que eu senti aquele dia não era felicidade. eu descreveria mais como um alívio. um alívio de não ter desapontado as pessoas. um alívio de não ter me desapontado. de não ter que olhar pra ninguém nos olhos e falar "pois é, não passei, quem imaginaria, não é?". eu não conseguiria conviver com isso. e o que é mais foda nisso é que hoje, depois de pouco menos de um ano, eu prestando vestibular de novo, eu ainda não trabalho com a possibilidade de não passar. e sei que no dia que sairão os resultados da segunda fase novamente, o que me atingirá será a agonia da incerteza que só eu tenho, já que todos apostam em mim e tem tanta certeza da minha aprovação. e mais uma vez, não será um dia de felicidade, e sim outro dia de alívio. eu espero.