quinta-feira, 26 de junho de 2014

Caleidoscópio 2.

Meu corpo escorrega na poça, sem saber que pode
se levantar mais uma vez. Sinto na tez a lágrima, a última,
Que mais uma vez torna turva a luz de fora.
Vejo que nada mudou, o espelho, despedaçado agora
Ainda reflete a áurea de cada pedaço meu.
E minha é a culpa, de quem mais seria?
A caleidoscopia nada mais é que a confusão da visão
Com a forma que as coisas são. Não queria pra mim a dor
Mas todo o topor mais uma vez me atinge e me joga no chão.
Sinto, com esforço, o último rangir de ossos, fecho os olhos e vou.