quarta-feira, 5 de junho de 2019

Deito.

Minhas mãos guiam o concerto
Cerco seus dedos com meus medos
Me perco no cheiro do seu cabelo
Um conto que não planejei o enredo

Sua boca pressionada contra a minha
Como se sozinha ela não fosse uma
Sem atrito, nosso suor se mistura
Sem lua, nosso corpo brilha

Tropeço em meias, saltos, sapatos
Tateio os móveis do meu quarto

Sincronizo meu corpo no seu
Deito cansado em seu peito
Meu coração bate com o seu
E suspeito que não tem mais jeito

O sonho invade minha mente
Nele também estamos juntos
Você me confessa o que sente
Ri de algo e muda de assunto

Deitados debaixo das nuvens
Com as costas coladas no chão
Sentindo o movimento do vento
E você apertando minha mão

Acordo me sentindo seguro
Seguro você contra mim
Sinto o sentimento mais puro
De uma noite que não terá fim

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