quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Peito.

Deixa eu ler teu peito em braile
Conversar na língua secreta
Que sua língua me ensinou
Segura minha mão, meu peito, meu pescoço
Ouça o silêncio que precede
Água que não mata a sede
Mas molha a cama e meu rosto
O gosto que espalho em sua coxa
Deixo roxa a marca dos dentes
Sente o peito batendo forte
No bater dos corpos pousa minha sorte
Feito e cansado no mesmo lado
Deitamos com o coração colado

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aproveita e comenta aí!