sexta-feira, 13 de abril de 2018

Ícaro.

Quase na beira do precipício estendo minha mão
Vejo você dar um passo a frente e dizer não
Porque apesar de nascer sem asa,
Não se sentir em casa nesse mundo é a danação.
Por isso quer tanto voar, em direção a luz como Ícaro fez,
Pra poder sentir a queda eminente a cada bater de asa
Se aproximando da brasa que queima no céu e rindo dos próprios clichês
Enquanto cai, você me vê parado, ao longe observando seu feito
Eu aceito que era esse mesmo seu jeito
De não se contentar com o que não é perfeito
Achar defeito em tudo que seu Deus lhe deu.
Agora voa de encontro a ele, pronto pra confessar seus pecados
Como se o que fez te errado tivesse te levado até ali.
Mas tudo é escolha, e você escolheu cair.
Não era minha mão que ia te impedir.
E quando caído, te lembrarem como rei,
Eu vou ter a consciência de que eu tentei.

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