segunda-feira, 4 de junho de 2018

O que eu sou.

Eu era minhas camisetas
Meus quadros na parede
Eu era minhas canecas
Os versos citados
E as imagens na pele
Eu era a referência ao filme
Ao livro, eu era tudo que me marcava
Eu era fácil de ler
E fácil de agradar.
Me identificava com tudo que ressoava em mim.

Mas aí deixei de ser nós
E aos poucos fui deixando de ser tudo
Até sobrar só o que eu sou
Meus atos e minha presença física
É só o que posso oferecer

Eu não me identifico mais
Perdão a quem se via em mim
Mas tirando tudo o que eu já fui
Só sobra o que realmente sou

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